Este artigo tem como objetivo principal mostrar que o positivismo, apesar de sua base eurocêntrica, propiciou perspectivas importantes para a vida social brasileira. Para atingir esta finalidade, os objetivos específicos apresentam as seguintes tarefas: indicar os traços eurocêntricos do positivismo de Comte conforme a crítica do pensamento latino, mas rechaçando a acusação do colonialismo; comparar as manifestações positivistas no México e no Brasil a fim de ressaltar a vocação social do positivismo brasileiro; e compreender como algumas prerrogativas sociais do positivismo, como o trabalhismo e a política indigenista foram fundamentais para a cidadania do país. Como metodologia, esta pesquisa tem como suporte a teoria crítica da dependência, e os estudos concernentes às ciências sociais e à história. Espera-se que essa pesquisa mostre que a influência do positivismo comtiano no Brasil foi progressista de forma acidental, já que o atraso e a atuação exploradora das nossas classes dominantes que, nos novos contextos sociais, redefinem a cultura escravocrata em seu desprezo aos trabalhadores e às populações negras e indígenas, asseverando a abissal desigualdade, encaram qualquer tipo de reformismo social como ameaça aos seus interesses.
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