Este artigo analisa a comoção causada nas redes sociais a partir da discussão da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala de trabalho 6x1, vigente no Brasil, e propõe uma resolução a esta manifestação da patente crise de representação vivida no país. De acordo com dados, cidadãos de diversos espectros políticos cobraram de seus representantes eleitos um posicionamento favorável à proposta, contudo, em determinados casos, não a obtiveram. O modelo de democracia colocado em prática no Brasil causa um distanciamento dos cidadãos das decisões mais pertinentes a suas vidas. O referencial teórico parte da constatada descredibilidade ao modelo posto na democracia brasileira, o qual confunde democracia com eleições, o que, na visão de diversos autores, não tem resolvido a crise de representação que enfrenta o Brasil. A partir deste estudo de caso, é proposta uma intervenção como resultado, a partir do modelo defendido pelo historiador belga David Van Reybrouck, que prevê uma nova roupagem ao sistema eleitoral, permitindo maior participação popular, por meio de um molde birrepresentativo com integrantes do povo, selecionados aleatoriamente, através da técnica usada na Antiguidade de sorteio, decidindo os seus futuros e o futuro do território que ocupam. Essa deliberação seria feita juntamente com os governantes eleitos de forma convencional, não banindo, pois, as eleições como atualmente ocorrem. Uma maneira eficaz de solucionar os entraves do estudo de caso, mas, também, de sugerir um caminho para resolver a crise de representação como um todo, caso seja o modelo devidamente aplicado.
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