Universidade Federal Fluminense
Desde dezembro de 2019, quando os primeiros relatos de uma nova infecção respiratória começaram a aparecer na China, houve um aumento geral no número de casos ao redor do mundo. Em fevereiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou esta nova condição de COVID-19, do inglês Corona Virus Disease 2019. Em adultos, os sintomas mais comuns da COVID-19 são tosse, febre, rinorreia, fadiga, mialgia e diarreia, podendo evoluir para quadros mais graves de complicações respiratórias, com alta taxa de mortalidade. Em crianças, o envolvimento respiratório parece ter um curso mais benigno, com quase nenhuma fatalidade sendo reportada nesta faixa etária. A doença de Kawasaki foi primeiramente observada em crianças japonesas que apresentavam os mesmos sinais e sintomas clínicos de febre que durava mais de cinco dias, descamação das mãos e dos pés, alterações da mucosa oral, conjuntivite bilateral, edema e linfadenopatia cervical. Recentemente, foram relatados inúmeros casos de crianças que estavam apresentando características clínicas que se assemelhavam à doença de Kawasaki durante a pandemia da COVID-19. Acredita-se que haja uma relação entre COVID-19 e o maior risco de desenvolvimento de doença de Kawasaki em crianças. Neste trabalho, realizamos uma revisão sistemática sobre essa relação e notamos que ainda é incerto afirmar se a COVID-19 pode levar ao desenvolvimento dessa doença ou não e que mais estudos são necessários para comprovar tal hipótese.
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