Muitos debates sobre a Constituição de Weimar focam na segunda parte de seu texto, que instituiu a “Constituição Econômica” ao implementar direitos sociais. Alguns autores argumentam que essa parte gerou tensões econômicas entre o proletariado e a burguesia alemã, afirmando que as elites não abririam mão de seus privilégios em favor dos direitos sociais. Para esses teóricos, essas tensões levaram a burguesia a financiar o Partido Nacional-Socialista, contribuindo para a ascensão do nazismo. No entanto, uma análise interdisciplinar baseada em estudos de história, política e economia refuta essa ideia. A pesquisa, dividida em cinco tópicos, demonstrou que essa linha de argumentação não se sustenta. Nos três primeiros tópicos, foram apresentados os argumentos que atribuem o declínio da República de Weimar à segunda parte de sua Constituição. No quarto, esses argumentos foram confrontados com análises de historiadores, cientistas políticos e economistas, revelando que o interesse capitalista não estava no financiamento do nazismo, mas no fim do estado de exceção. O quinto tópico trouxe uma discussão final sobre a bibliografia analisada, destacando as inconsistências nos argumentos iniciais e como a pesquisa demonstrou que as tensões econômicas e os burgueses alemães não foram responsáveis pela emergência do regime nazista. Essa pesquisa foi de natureza qualitativa, com um levantamento bibliográfico nacional e internacional.
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