• Resumo

    A Classificação Internacional de Doenças (CID) é uma codificação mundial essencial para a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sendo uma parte integrante do atestado médico com a autorização do paciente ou responsável legal. Este artigo destaca a importância da CID-I10 na avaliação médico-pericial e nos aspectos normativo e quantitativo entre 2019 e 2023, em relação às doenças cardiovasculares para a confecção de benefícios previdenciários. A metodologia utilizada foi um estudo retrospectivo descritivo, de corte transversal, com coleta de informações e análise das codificações de benefícios por auxílio-doença e aposentadoria por invalidez através do Sistema Único de Informações de Benefícios (SUIBE), dados estatísticos do INSS (DATAPREV), e o Portal da Transparência Estatística do INSS. Durante o período estudado, foram registradas 618.463 CIDs por doenças cardiovasculares (DCVs) e 53.420 benefícios por infarto agudo do miocárdio (IAM), totalizando 130.999 benefícios por incapacidade concedidos. Os cinco principais grupos de CID para doenças cardiovasculares foram: 559 da CID “S” com 50.998 benefícios; 401 da CID “M” com 35.315 benefícios; 314 da CID “I” com 14.654 benefícios; 296 da CID “K” com 20.254 benefícios; e 219 da CID “F” com 10.709 benefícios. Embora a CID não determine isoladamente a incapacidade do trabalhador no INSS, ela deveria ser mencionada nos atestados médicos como subsídio às informações dos serviços de saúde assistencial e ocupacional, atendendo tanto à exigência dos sistemas informatizados quanto ao parecer técnico da perícia médica previdenciária.

  • Referências

    1. Barbosa-Branco, A. O. (2008). O impacto do NTEP na caracterização dos acidentes de trabalho no Brasil. Revista CIPA, 345, 50-55.
    2. Brasil. (1994). Ministério da Saúde. Portaria n° 1832. Brasília: Diário Oficial da União.
    3. Brasil. (1997). Ministério da Saúde. Portaria nº 1311. Brasília: Diário Oficial da União.
    4. Brasil. (2004). Presidência da República. Carreira da Perícia Médica da Previdência Social. Brasília: Diário Oficial da União.
    5. Brasil. (2008). Boletim do Centro da OMS para a Classificação de Doenças em Português. Centro Brasileiro de Classificação de Doenças, 27, 3-6. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S0004-282X201300090011100009&lng=en
    6. Fonseca, G. K. (2013). Incapacidade e marcos temporais para análise dos requisitos objetivos do auxílio-doença. Conteúdo Jurídico. Disponível em http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.46328&seo=1
    7. Macedo, F. C. C. (2013). Perícia Médica / INSS / Judicial / Benefício por Incapacidade / Auxílio Doença / Aposentadoria por Invalidez. São Paulo.
    8. Sanctis Junior, R. J. K. (2011). A incapacidade parcial e temporária na concessão do auxílio-doença. Âmbito Jurídico, 14(94). Disponível em http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10628
    9. Trindade, L. L., et al. (2014). Perfil dos segurados em benefício do auxílio-doença acidentário na agência da previdência social de Xanxerê/SC. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 25(3), 272-278.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Derecho y Cambio Social

Como citar

Calado Filho, I. P., Godoy, E. S. de, & Campello, R. I. C. (2024). IMPORTÂNCIA DO CID NO ATESTADO MÉDICO PARA AVALIAÇÃO PERICIAL POR INCAPACIDADE NO INSS POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES (INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO ) NO QUINQUENIO 2019-2023. Derecho Y Cambio Social, 21(77), e22. Recuperado de https://derechoycambiosocial.org/index.php/revista/article/view/22
  • Artigo visto - 133
  • PDF baixado - 79