Este artigo examina as interconexões entre o preconceito contra a idade (idadismo) e o preconceito contra a capacidade (capacitismo) dentro da lógica excludente da sociedade capitalista e as implicações que isso tem para a inclusão de pessoas idosas com deficiência no mercado de trabalho. As duas formas de opressão são analisadas no contexto da Análise Crítica do Discurso Social de Teun van Dijk. Assim, este artigo descreve alguns obstáculos que as pessoas idosas e com deficiência enfrentam em sua busca por oportunidades de emprego no mercado de trabalho brasileiro, bem como os possíveis caminhos para a inclusão. Os resultados indicam que existe um discurso difundido no mercado de trabalho, no qual esses indivíduos são marginalizados com base em suposições errôneas relacionadas à ineficiência funcional, à baixa produtividade e à adesão aos papéis tradicionais de gênero. Portanto, é imperativo que as organizações implementem políticas que não apenas proíbam práticas discriminatórias, mas também promovam ativamente um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado. As organizações que adotam uma abordagem socialmente justa em relação ao idadismo e ao capacitismo reconhecem o valor das pessoas idosas e das pessoas com deficiência como contribuintes para sociedades igualitárias e buscam garantir que nenhuma pessoa seja deixada para trás.
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