Este artigo investiga o impacto da soberania digital e do controle das infraestruturas tecnológicas sobre a efetivação dos direitos sociais em países em desenvolvimento, com foco no Brasil e em casos demandados perante o Supremo Tribunal Federal. A crescente dependência de infraestruturas digitais controladas por empresas internacionais, como a plataforma "X", a Meta e a Google levanta preocupações sobre a capacidade do Estado de implementar políticas públicas em áreas essenciais como educação, saúde e segurança. A partir da análise do conceito de soberania digital, este estudo explora os desafios dessa dependência, as consequências para a autonomia estatal, e os riscos que isso representa para a justiça social. O artigo também examina o papel dos grandes grupos econômicos no controle dessas infraestruturas e discute como a falta de uma soberania digital plena perpetua desigualdades, limitando o acesso a direitos sociais. Ao final, discute a necessidade de o Brasil adotar estratégias que fortaleçam seu controle tecnológico para promover um ecossistema digital mais justo e inclusivo, capaz de garantir a reivindicação e efetivação dos direitos sociais.
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