O presente artigo objetiva investigar as razões acerca da manutenção das relações de trabalho doméstico semelhantes ao período posterior à abolição da escravatura, mesmo com a promulgação de leis trabalhistas de regulação do cotidiano laboral doméstico. Dentro desse cenário, a atividade doméstica muitas vezes é exercida por mulheres que prestam esse serviço desde a infância até a velhice, e que herdam de suas mães ou avós a profissão, sem nunca saber de seus direitos e sem receber salário ou tratamento digno pelos serviços prestados durante uma vida. Desse modo, o levantamento de dados foi coletado através da análise documental e bibliográfica, contextualizam-se aspectos históricos e políticos que colaboraram para a situação atual do emprego doméstico, os entraves e as possibilidades de inserção no mercado de trabalho após a migração são compreendidos a partir das narrativas que relatam a escolaridade como principal aspecto para a falta de opção em outra categoria de trabalho.
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