Nos últimos anos, as relações entre tributação e mercado de trabalho em países emergentes têm despertado crescente interesse no campo das ciências jurídico-sociais. Este estudo explora a estrutura fiscal brasileira, como política pública, com foco nos tributos que compõem a estimativa de receita da Lei Orçamentária Anual (LOA). Utilizando uma abordagem teórico-matemática, o artigo examina a contribuição relativa dos principais tributos, com ênfase no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), correlacionando-o à População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil. Além disso, compara essas dinâmicas com padrões observados em outros países da América Latina e da OCDE. Os resultados mostram que, embora o IRPF seja o principal componente isolado da arrecadação projetada, a proporção de contribuintes dentro da PEA é significativamente baixa. Essa disparidade reforça a necessidade de uma reforma tributária que amplie a progressividade do sistema, tanto sobre a renda quanto sobre o consumo, promovendo maior justiça fiscal e alinhamento aos objetivos socioeconômicos do país. A correção dessas distorções é essencial para enfrentar um dos principais fatores que perpetuam a desigualdade social no Brasil.
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